Nosso Fragmento em Formato de Pocket Show

Por Thiago Ribeiro

No dia 01 de Outubro, nosso Coletivo Contundente fez um pocket show do nosso espetáculo "Antes de Partir". Apresentamos nosso fragmento no espaço ABoca, no Carmo, no Centro Histórico de Salvador. Uma casa vibrante, pulsante, aconchegante, que nos acolheu e nos deu a energia necessária para abrilhantar a noite, já repleta de estrelas da música e da poesia. Para chegar nesse (breve) momento de êxtase, foi preciso iniciar um processo que começou as 14:00 horas daquele dia e que se estenderia pelas oito horas seguintes. Do ensaio na Escola de Teatro à apresentação em si, passamos por alguns momentos de tensão, medo, alegria, euforia, incerteza, tesão... Tudo isso ao mesmo tempo ou separadamente em doses homeopáticas. Agora compartilhamos com vocês alguns trechos do nosso processo.

quarta-feira, ‎1‎ de ‎outubro‎ de ‎2014, ‏‎15:23 - ensaio na Escola de Teatro

‎quarta-feira, ‎1‎ de ‎outubro‎ de ‎2014, ‏‎20:09 - Ruas do Carmo

quarta-feira, 1 de outubro de 2014, 21:56 - ABOCA

Fotos: Rosilda Cruz / Thiago Ribeiro

Experimento Fragmento do Pocket Show

Flyer de divulgação

Hoje apresentaremos um pequeno trecho do nosso Fragmento de Amor e Sonho, no Centro Cultural ABoca, no Carmo, a partir das 18:00 horas. Em formato de pocket show, mostraremos um trecho de 20 minutos do espetáculo, em ordem diferente do que será mostrado na estréia em Novembro. Será um dos primeiros experimentos da terceira parte do projeto Antes de Partir.

As Crônicas do Coletivo: A Barra, A Foca e o Suricato

Por Thiago Ribeiro

Competição: "Essa barra é minha!" 

Bom. De vez em quando a gente pede durante o processo que os atores improvisem alguma coisa relacionada ao nosso trabalho. Raramente costumo fazer isso. E agora vocês vão entender o porquê. Senhoras e senhores, o Coletivo Contundente em "FOCA! SURICATO!" Estrelando: Marina Lua, Antenor Azevedo, Eduardo Viana e Rodrigo Espínola.

Processos de Ensaio

Por Thiago Ribeiro

- O texto tá pronto. Topa fazer?

- Topo!

Lets play!

E começamos as leituras de mesa, os ensaios corporais, começamos a construir nosso fragmento aos pouquinhos, pedrinha por pedrinha. Contando passos, reescrevendo movimentos e desconfigurando ações. 

Aos poucos as coisas começam a tomar forma. As idéias vão sendo assimilidadas e a cena vai ganhando vida.

    

Em meio ao processo sempre sobra um tempinho para descontrair...

E aí o riso rola solto...

*ensaio em uma quinta feira de sol num playground de um prédio no Garcia.

"sussurro sem som
onde a gente se lembra
do que nunca soube..."

Guimarães Rosa

Processos são sempre intrigantes. Mudar é uma coisa que intriga. Transformar, virar outra coisa, desnudar-se, vestir outro ser. Mudar. Apropriar-se da palavra do outro e torná-la sua. É uma tarefa deveras árdua, porém prazerosa quando atingida. Ao longo dos últimos três meses, com encontros semanais, conseguimos desenvolver uma dinâmica de trabalho interessante. Passamos daquele estágio de fazer suposições. Agora a gente supõe e afirma. Afirma e executa. E executa buscando reinventar cada vez mais aquilo que é apresentado. Leituras, conversas, risos, músicas e afetos. Assim se constrói nosso projeto. Pedra sobre pedra. Mas pedras de açúcar, feitas pra adoçar o coração de quem degusta. Nosso processo se dá de dentro pra fora. Trago o que tenho dentro de mim sem abrir mão porém, do que vem de fora. Um gesto, um olhar, um movimento. Tudo é importante e passível de ser utilizado como material construtor dessa fragmento. 

Eduardo Viana (à esq.) e Antenor Azevedo

Estréia de Antes de Partir - O Fragmento

"Eu não acredito que você tá comparando a nossa historia com um roteiro turístico." 

Hoje "Antes de Partir" se assume um fragmento. Mas ele foi em sua essência um fragmento nascido em uma noite de insônia, como todos os seus irmãos saídos dessa mente que vos escreve. 

Inicialmente escrito para ser um presente, o presente ironicamente acabou não sendo aceito e foi, por hora, posto de lado. Assim sendo, foi postado na web e lá ficou por um tempo, esperando o momento certo pra acontecer. 

"Você bem que poderia ser menos exótica e mais clichê na hora de se despedir de mim."

Foi descoberto inicialmente por Marina, intérprete oficial dos meus escritos, que se apaixonou pelo texto e quis fazê-lo. O segundo apaixonado pela história de Breno e Camila foi Antenor. Ele leu e instantaneamente quis viver aquela história. O tempo passou. 

Fiquei reticente em tirá-lo do papel e transpor para o palco. Mas graças a insistência dos intérpretes, nós estreamos (após dois dias de ensaio: LOU CU RA!) no dia 04 de março de 2013, no projeto Ato de 4, na Sala 5 da Escola de Teatro da UFBA. 

E nasceu a primeira versão. 

Eduardo Viana, Antenor Azevedo e Marina Lua